Jamie Cullum "ansioso" por voltar a actuar em Portugal
O músico actuará no Balaia Golf Village e 'será como acontecer', já que quando entra em palco, assegura, não tem um pré-alinhamento, preferindo escolher os temas conforme sente a audiência.
'Em Portugal, onde sei que temos muitos fãs, o público foi uma revelação', disse o músico referindo-se ao espectáculo realizado em maio passado, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa.
'Um público muito heterogéneo, de todas as idades e que sabia as canções, cantava-as, dava uma boa réplica', recordou.
'Estávamos todos com muita vontade e ansiosos por voltar a tocar em Portugal, um país que gostava até de conhecer melhor, talvez tirar umas férias', disse.
Da música portuguesa Jamie Cullum conhece 'alguma coisa da Mariza', mas afirma-se 'maravilhado' com um CD de fado que lhe ofereceram com vários 'nomes mais antigos', especialmente Amália Rodrigues, que considera 'espantosa'.
O músico apresentará em Albufeira o álbum 'The Pursuit', editado no início do ano, que 'reflecte a influência da música pop'.
'A par dos muitos músicos de jazz que ouvi, como Herbie Hancock, ouvi muito Beach Boys, Nirvama. E este álbum foi tentar fazer justiça à influência dos The Beatles, dance music, e rap music, e tentar ver até onde essa música levava a minha própria música', declarou.
Todavia, afirmou que 'este som mais pop' que se observa em 'The Pursuit', foi 'por acaso'. 'Estava a tocar piano e as canções vieram-se aos dedos', disse entre risos à Lusa.
O músico argumentou que 'o construir canções' não obedece a um esquema pré-estabelecido. 'Por vezes começa-se pela melodia, outras vezes basta um título, outras vezes é a letra que nos inspira', afirmou.
De qualquer modo o primeiro teste é sempre ao piano, 'se a canção acontece, e surge bem, podemos pensar noutras coisas, em acrescentar-lhe cordas, percussões ou qualquer outra cosia', disse Cullum que além de cantar, toca piano, guitarra e 'stomp box' (percussão).
Cullum salientou que não é um 'música académico' e tudo o que faz e sabe 'é por instinto" e daí "ser tudo tão natural, nada estudado, nada previsto'.
'Faço aquilo em que me sinto bem, e assim é nos concertos, não gosto que o de hoje seja igual ao de ontem ou ao de amanhã, cada um vale por si', disse.
'Durante esta digressão que estou a fazer nos Estados Unidos achei extraordinário como as pessoas de divertiam e dançam as minhas músicas', acrescentou.
Este mês foi lançado em Portugal um CD/DVD que além dos temas do álbum 'The Pursuit', inclui dois novos temas: 'Gran Torino' e 'Grace is gone', canções que integram bandas sonoras de dois filmes de Clint eastwood.
O DVD reúne actuações o ano passado nos festivais de jazz de Montreux (Suíça) e North Sea, em Roterdão (Holanda), e ainda no Sonar Festival, em Barcelona (Espanha), em 2008.
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Veja o vídeo [youtube:kYhT7oCDoqM]